Uso da prototipagem biomédica em Odontologia
Sergio Antônio Pereira Freitas;
Patrícia de Melo Costa;
Renato da Costa Ribeiro
Os autores iniciam o artigo com o conceito e uma retrospectiva do processo de moldagem de protótipos: “protótipos são réplicas fidedignas de determinados objetos e estruturas. No passado eram construídos por moldagem direta, com gesso e silicone. A partir dos anos 80, com a evolução da informática, foram desenvolvidos sistemas de Prototipagem Rápida (PR), capazes de confeccionar um protótipo em poucos dias ou horas, através de softwares CAD (Com-puter-Aided Design) e CAM (Computer-Aided Manufacturing). No passado um modelo era uma réplica de um determinado objeto, construído a partir de uma moldagem direta, com materiais específicos para esse fim, como gesso, alginato, silicones, dentre outros. O gesso foi empregado pela velha civilização egípcia para reprodução da face humana. Algumas dessas máscaras podem ser vistas no Museu do Cairo e em nada diferem das construídas entre nós, há poucos anos. A Prototipagem Biomédica surgiu no final da década de 80, porém os modelos confeccionados a partir da anatomia humana tinham apenas finalidade didática, para posteriormente auxiliar em cirurgias. Eles permitem a percepção tátil da parte da anatomia desejada e da patologia estudada. Em Odontologia, ela pode ser usada nas áreas de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, Implantodontia, Reabilitação Oral e Ortodontia. Os modelos biomédicos, além de ajudar na comunicação entre a equipe cirúrgica, o paciente e seus familiares, também servem para simulação e planejamento cirúrgico, para confecção de implantes personalizados e como preservação, servindo de parâmetros para posterior comparação pós-operatória. Posteriormente, já na era da Informática, foi possível projetar um desenho e transformá-lo em modelo.”
Hoje, a fabricação de peças tornam-se mais específicas para cada caso ou necessidade do paciente, sendo assim, existem basicamente três processos básicos para a fabricação de peças: o subtrativo, o aditivo e o conformativo. Dentre eles o modelo mais usado são os modelos biomédicos que servem para simulação de osteotomias, mensuração de estruturas, treinamento de técnicas de ressecção e um completo planejamento dos mais diversos tipos de cirurgia da região bucomaxilofacial. A sua utilização reduz o tempo do procedimento cirúrgico e, conseqüentemente, o período de anestesia, bem como o risco de infecção, havendo ainda melhora no resultado e diminuição no custo global do tratamento. Outra aplicação importante é no tratamento de anormalidades ósseas com efeitos estéticos e funcionais para o paciente. Segundo Meurer13 (2002) em cirurgias mais complexas e personalizadas, os modelos facilitam o procedimento cirúrgico, diminuindo os riscos e o tempo da operação.
Os protótipos são empregados na Cirurgia Bucomaxilofacial e Ortognática nos planejamentos de reconstruções dos terços médio e inferior da face, em expansão osteogênica e na reconstrução de ATMs. Servem também como referência pré-operatória, ajudando o cirurgião a comparar a estrutura anatômica após a intervenção.
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