A INFLUÊNCIA DE FATORES GENÉTICOS NA PATOGÊNESE DA DOENÇA PERIODONTAL
CRISTIANE SANTOS DA GAMA
RICARDO GUIMARÃES FISCHER
CARLOS MARCELO DA SILVA FIGUEREDO
Os autores buscaram identificar os fatores genéticos que contribuem para a doença Periodontal seja para criá-la ou eliminá-la, desta forma evidentes considerações sugerem que as bases genéticas para a doença periodontal agressiva consistem em uma doença genética que envolve apenas um único gene de caráter hereditário. Já o suporte para a susceptibilidade genética na forma mais comum da periodontite crônica está aumentando a sugestão de que é uma doença multifatorial padrão.
Mesmo tendo todo avanço científico no campo da genética e aprimorando os conceitos a respeito das causas da doença, sua análise completa ainda é complicada porque a doença periodontal tem muitas características de doenças complexas, o que torna difícil os estudos genéticos.
No entanto não se pode deixar abater pois os autores contam como vantagens, a identificação de fatores genéticos que controlam a resposta imune à variadas infecções microbianas tanto em murines quanto em humanos tem aumentado a ênfase da determinação genética na resposta do hospedeiro. Um suporte adicional para a contribuição genética na periodontite revelou a identificação de certos polimorfismos genéticos que estão relacionados com os fenótipos da resposta imune achados em certos grupos de pacientes periodontais.
Existem assim genes que são vistos como possíveis candidatos a desenvolverem a doença, desta forma, um gene pode ser considerado como candidato quando o processo fisiológico determinado pôr ele estiver associado com a severidade da doença. Mas, infelizmente não existem desordens genéticas que possam ser usadas como marcadores da periodontite severa. Entretanto, como a periodontite é uma resposta inflamatória e acreditando-se na hipótese de que a transição de uma gengivite para uma periodontite possa ser causada pôr uma resposta inflamatória desproporcional, causando danos ao hospedeiro, as substâncias pró-inflamatórias passaram a ser fortes candidatos a gerar essa transição.
A conclusão dos autores é bastante otimista no que tange a previsão de conhecimento genético da doença em estudo são suas palavras: “Sendo assim, podemos concluir que a correlação dos polimorfismos genéticos na resposta imune com os fenótipos de certos grupos de pacientes, como demonstrado pelo receptor FcgRIIA nas periodontites agressivas e a IL-1 nas periodontites crônicas, parece sustentar a mais promissora aplicação dos determinantes genéticos para as periodontites. No futuro, será possível usar essa informação para ajustar a resposta do hospedeiro contra as infecções microbianas, inibindo ao máximo a ação do microorganismo e ao mesmo tempo minimizando os danos inflamatórios.”
Endereço para correspondência:
Prof. Carlos Marcelo da Silva Figueredo, PhD
Instituto de Odontologia da PUC-RJ,
Rua Marquês de São Vicente, 389 Gávea, Rio de Janeiro –RJ
email: cmfigueredo@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário